Cerca de uma centena de pesquisadores do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) reuniram-se há dias, em Chimoio, capital da província de Manica, para partilhar experiências sobre novas tecnologias que deverão ser disseminadas aos produtores para melhorar a produção e produtividade agrícola.
São pesquisadores afectos nas quatro unidades experimentais das províncias da região centro, nomeadamente, Manica, Sofala, Tete e Zambézia, que se juntaram à mesma mesa durante o decurso da sua 6ª reunião anual do IIAM.
“Pretendíamos divulgar aquilo que são os resultados da pesquisa e fazer com que os nossos parceiros, incluindo empresas produtoras de sementes, conheçam as novas tecnologias que a investigação já conseguiu gerar e que podem ser levadas para o sector produtivo nos próximos anos”, explicou o chefe do Departamento de Formação, Documentação e Difusão do IIAM Regional-Centro, Magalhães Miguel, em conferência de imprensa.
Destacou a importância de avaliar os resultados alcançados nas investigações porque “não basta gerarmos tecnologias, produzir artigos científicos sem que os produtores se apropriem dos conhecimentos. Este tipo de encontros é uma das formas de divulgação e partilha desses resultados para posteriormente serem levados ao produtor”.
Frisou que para além das tecnologias na área de agricultura de conservação, controlo de doenças e pragas, existem ainda, no pacote de actividades, algumas variedades de sementes que devem ser libertadas ainda este ano, como é o caso de feijão vulgar, ora na fase de multiplicação da semente pré-básica e básica.
Se forem aprovados, os resultados da investigação deverão passar para as empresas produtoras de sementes, através da Unidade de Semente Básica (USEBA) do IIAM, que, por sua vez, irá fazer a devida multiplicação para se tornarem sementes certificadas para uso pelo sector produtivo.
“O objectivo é oferecer sementes de maior qualidade à população para o aumento da produção e produtividade. Para o efeito, temos nos empenhado na investigação da qual temos tido respostas satisfatórias”, disse.
Participaram no encontro representantes de instituições do ensino superior, organizações de produtores e de empresas produtoras de sementes e extensionistas.
Pesquisadores do IIAM partilham resultados das suas investigações
