O Governo moçambicano acaba de criar um fundo rotativo de comercialização agrícola, de 300 milhões de meticais (4.800.484,48 dólares norte-americanos), com vista a melhorar, aliviar e aumentar a liquidez dos comerciantes e ter o poder de compra dos produtos dos camponeses.
De Sousa explicou que a iniciativa poderá ser avaliada ainda na presente campanha para decidir o incremento ou não do valor alocado ao fundo.
O ministro disse ainda que, por diversas ocasiões, os pequenos e médios comerciantes apresentaram como constrangimento a falta de recursos financeiros para a compra de toda a produção das mãos dos camponeses, pelo que o fundo será uma mais-valia para inverter o cenário.
Ele realçou que o Governo está a trabalhar com os diferentes intervenientes no processo da comercialização agrícola, incluindo o Instituto de Cereais de Moçambique, GAPI, bancos comerciais, Fundo de Fomento Agrário, programa Sustenta, entre outros, para viabilizar toda a cadeia de produção até ao mercado.
O titular da pasta da Indústria e Comércio abordou ainda a questão relacionada com a chamada “caderneta do comerciante”, um instrumento que permite ao seu detentor beneficiar do fundo.
“Em todos os distritos, há um comité que inclui um representante do Governo distrital e outro do sector privado, que vai decidir sobre quem recebe a caderneta. Neste contexto, temos a certeza de que o fundo vai ser descentralizado e funcionar de maneira transparente”, garantiu. (AIM)