OS produtores do regadio de Chókwè arrecadaram de Janeiro a esta parte mais de 100 mil toneladas de culturas diversas, com destaque para hortícolas, feijões, milho, entre outras.
Isto acontece depois de um 2016 atípico, pela seca severa que fustigou Gaza, bem como pelo corte do fornecimento de água para irrigação dos campos imposto pela falta deste indispensável líquido na barragem de Massingir, em consequência de uma avaria gravenos descarregadores de fundo desta infra-estrutura hidráulica.
Soares Xerinda, presidente do Conselho de Administração da empresa Hidráulica do Chókwè (HICEP), numa avaliação preliminar do que foi a actividade no regadio, afirmou que 2017, para a felicidade dos agricultores e de todos os actores que trabalham na chamada capital económica de Gaza, foi abençoado pela queda regular de chuvas logo no seu arranque.
O facto, na óptica da nossa fonte, trouxe um novo alento aos produtores e não só, que se aplicaram a fundo na perspectiva de recuperar o tempo perdido devido às intempéries que estiveram na origem da falta de água nos canais do regadio.
Para lograr o sucesso, uma vez garantido o fornecimento de água para a irrigação dos campos, os produtores, aponta Xerinda, lançaram-se à lavoura e aumento de áreas de cultivo para conseguir os melhores rendimentos possíveis.
Sabe-se ainda que os gestores do regadio de Chókwè, além da tradicional prestação de serviços multiformes ao agricultor, e tendo em vista contribuir para o incremento de receitas próprias para o seu funcionamento, dedicaram-se igualmente à produção de culturas como o milho, batata-doce, entre outras.
“Efectivamente, iniciámos este ano com uma maior dinâmica, com o foco na actividade de produção própria, para ajudar a aumentar o volume de receitas da empresa, uma vez que estamos numa situação em que a cobrança de taxa de água ainda não nos dá receitas significativas para cobrir as despesas operacionais, pelo facto de esta taxa ter sido subsidiada pelo Estado durante muito tempo, facto que determinou a sua recente revisão para que nós possamos prestar um melhor serviço aos agricultores”, disse Xerinda.
Nessa mesma perspectiva, explica a nossa fonte, a HICEP está a trabalhar com diversos parceiros no sentido de a partir do próximo ano se caminhar rumo a uma maior sustentabilidade da empresa.
Para a materialização desses objectivos, garante o PCA da HICEP, há um trabalho visando à busca de alternativas para a exploração total do regadio com a intervenção do sector privado, que para além da actividade agrícola irá dar seu contributo visando ao aproveitamento de mais de seis mil hectares de terras disponíveis no regadio e com excelentes condições para a prática da aquacultura.
Por outro lado, e desta feita como resultado da recente aquisição da fábrica de processamento de arroz em Chókwè, que outrora esteve às ordens da MIA, estão a ser estabelecidos acordos com o sector privado para se garantir a produção da necessária matéria-prima, numa área de 3 mil hectares, com uso de tecnologias que garantem uma maior produtividade por hectare, o que deverá passar, necessariamente, pelo nivelamento de terras.
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