Moçambique é o maior Processador da Castanha de Cajú em África

O distrito de Gurué acolhe de 29 a 31 de Maio a Reunião Nacional do subsector do CAJU, cuja abertura foi orientada por sua excelência Abdul Razak, Governador da província da Zambézia, tendo referido que no início do quinquénio o país processava 30.000 toneladas/ano e actualmente processa mais de 70.000 toneladas tornando Moçambique maior processador de África e terceiro do Mundo, facto que constitui um salto quantitativo assinalável, um ganho que resulta do empenho de todos os intervenientes na cadeia de valor do cajú, com destaque para os produtores do sector familiar que são os principais fornecedores da castanha de caju no mercado.

O governador discursando esta quarta-feira no encontro em Gurué referiu que, a nível nacional, a cultura do cajú envolve mais de 1,4 milhões de produtores e no presente quinquénio, diante a várias adversidades regista grandes avanços consolidados por uma produção comercializada que sai de 80.000 toneladas em 2014 para mais de 130.000 toneladas em 2018.
“No que concerne ao processamento, o País contava com 10 unidades de processamento e actualmente conta com 17 unidades o que significa um aumento de 10.000 para 17.000 trabalhadores?.
O Governador anunciou igualmente que, com vista a aumentar cada vez mais a produção e productividade do subsector do Caju, durante o quinquénio 2015-2019, foram produzidas 16.952.488 mudas de cajueiros em todo o País, das quais 2.219.292 produzidas na Província da Zambézia, que beneficiaram a 29.756 produtores e também 538 escolas.
A oscilação do preço continua a ser maior calcanhar de aquiles aliada a fraca capacidade de negociação dos produtores, e é nesta senda que queremos aproveitar esta ocasião para recomendar o subsector para a operacionalização do preço de referência de modo a permitir uma comercialização justa para todos intervenientes, quer para os produtores, quer para os comerciantes e quer para os indutriais?.
Na ocasião o Governador, desafiou a todos presentes, em particular ao sector privado, para que aproveite a oportunidade de negócio que o subsector oferece e deste modo possibilitar que a castanha seja toda processada no País.
Na mesma Senda o Governador instou ao INCAJU para que continue a desenvolver esforços de forma a incrementar a produçao de castanha e de outras nozes sob sua tutela de modo a alcançar a fasquia de maior produtor de Africa e do Mundo; Influenciar o sector privado a estabelecer suas unidades de processamento em todas províncias produtoras do caju; A promover a organização dos produtores e por via disso aumentar a capacidade de negociação destes; promover o processamento do falso fruto e fortificar a componente investigativa do subsector.

Por seu turno o Director do Instituto de Fomento do Caju, Ilídio Bande disse que, a reunião decorre num contexto especial caracterizado pelo fim do quinquénio 2015/2019, pela recente ocorrência de factores naturais adversos que afectaram de forma severa as zonas Centros e Norte do país derrubando cajueiros e infra-estruturas de produção de mudas e a Reforma Legal e Institucional em curso no subsector do caju.
Neste contexto, o director frisou que, esta reunião, propõe?se a discutir o Desempenho do subsector do caju no quinquénio 2015/2019; os desafios do subsector para o quinquénio 2020/2024; o Balanço preliminar da Campanha de Comercialização 2018/2019; os mecanismos de implementação do Preço de Referência ao Produtor, medida de politica a entrar em vigor já na campanha que se avizinha e os Termos de Referência do Fórum Nacional de Macadamia, agendado para Novembro próximo.
Importa ainda referir que, esta Reunião Anual termina na sexta?feira 31 de Maio e por sinal é a última a ser realizada neste figurino pois, de acordo com o novo Estatuto Orgânico do INCAJU IP passará a ter Conselhos Consultivos.