Mecanização agrária abrange cerca de 13 mil produtores

Um total de 13 mil produtores de todo o país lavraram as suas terras na presente campanha agrária com recurso à mecanização providenciada pelo Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA).
Este número representa uma subida de 31 por cento, se comparado com a época de 2016/2017.
A área lavrada também aumentou de 17.099 hectares para 23.893 hectares, equivalendo a uma subida de cerca de 40 por cento em relação à campanha anterior, segundo escreve a AIM.
Estas informações foram reveladas pelo presidente do Conselho de Administração do FDA, Eusébio Tumuitiquile, para quem a instituição que dirige investiu 32 milhões de dólares norte-americanos na compra de equipamentos diversos.
O FDA é uma instituição do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar que visa alavancar o sector produtivo, privilegiando a mecanização, e que intervém em toda a sua cadeia de valor, desde a sementeira, rega, colheita, processamento, empacotamento, conservação e transporte.
Neste momento estão distribuídos pelo país 513 tractores com implementos diversos para viabilizar o Programa Nacional de Mecanização Agrária, que tem como propósito garantir o aumento da produção agrária e produtividade no país em pelo menos sete por cento ao ano.
Ele particularizou a situação prevalecente na região norte do país nesta operação que está a ser implementada desde 2015.
“Ao nível da região norte foram estabelecidos, até agora, 22 centros de serviços agrários, 16 privados e seis públicos, tendo sido alocados 248 tractores. O FDA formou também 13 gestores destes centros, 100 operadores de máquinas e 15 extensionistas”, explicou.
Segundo Tumuitiquile, o Programa Nacional de Mecanização Agrária gerou, até agora, ao nível da região norte do país, 528 postos de trabalho directo para gestores, operadores de máquinas e assistentes.
“Um dos desafios dos centros de serviços agrários é contribuir para o estabelecimento de condomínios verdes, os conhecidos blocos de produção e aqui na região norte já existem 310. Isso ajuda a minorar a dispersão de máquinas e a melhorar a sua eficiência”, adiantou.
Num recente encontro regional norte, em Nampula, os intervenientes no Programa Nacional de Mecanização Agrária identificaram constrangimentos diversos, onde se destacam a dispersão dos campos dos produtores, fraca assistência técnica aos equipamentos e monitoria das actividades desenvolvidas pelos centros e também fraca comunicação entre os seus gestores e o FDA.
Em resposta a estas preocupações, Tumuitiquile apontou algumas soluções para a promoção efectiva da mecanização agrária no país numa agricultura orientada ao agro-negócio.
“Precisamos também de encarar a promoção e diversificação do agronegócio nos centros de serviços agrários, acesso a serviços complementares e exploração de áreas próprias para garantir a sua sustentabilidade e assegurar a manutenção periódica da maquinaria e equipamento agrário disponibilizado”, afirmou.

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