Apenas dois por cento de um total de 3,5 milhões de hectares da cultura de milho foram afectados pela praga do funil de milho em 80 distritos de todo o país com maior enfoque para as províncias de Gaza, Sofala e Tete.
O Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, Higino Marrule considera que a larga do funil do milho, foi detectada pela primeira vez em 2016 e recentemente foi confirmada em alguns países da SADC, tais como África do Sul, Zimbabwe, Zâmbia, Namíbia e Swazilândia.
Esta praga é considerada uma ameaça à produção de cereais com destaque para o milho e à segurança alimentar, uma vez que esta cultura constitui fonte básica de alimento para a maioria da população no meio rural.
Marrule que falava há dias, em Maputo, referiu ainda que das cerca de 63 mil hectares de área que foram afectados pela praga, cerca de 35 mil hectares foram controlados, o que garante uma produção estimada na ordem de 72 mil toneladas.
A fonte indicou que para além das medidas de contenção e mitigação, o governo mobilizou fundos para acções de prevenção e combate desta praga junto dos parceiros de cooperação e desenvolvimento, sector privado e Organizações Não Governamentais.
Sobre as medidas previstas, o Higino Marrule assegura que o seu pelouro propõe-se a continuar a realizar monitoria da praga da larga do funil em preparação da próxima campanha agrícola, através da aquisição de materiais de prevenção e contenção de emergência e equipamento de protecção.
Também está previsto o treinamento continuado e capacitação de técnicos de sanidade vegetal e animal, extensionistas, a todos os níveis (central, provincial e distrital) e em particular os agricultores sobre a morfologia, biologia, identificação e maneio/controlo da praga.
Estão previstas ainda, acções de sensibilização dos produtores e sociedade civil em geral sobre a relevância do controlo integrado da praga e conduzir campanhas de produção de materiais de divulgação, tais como banner, panfletos, posters, rádio comunitárias e televisão.
Sobre as perspectivas de produção na campanha actualmente em curso, o ministro apontou que não obstante a ocorrência de adversidades, a avaliação preliminar da primeira época, perspectiva boas colheitas, com previsão de crescimento de 11 por cento nos cereais, 15 por cento nas leguminosas, 12 por cento nas raízes e tubérculos e 20 por cento nas hortícolas.
Com esta previsão, segundo Marrule, vislumbra-se uma boa campanha agrária 2017/2018, concorrendo para a garantia da segurança alimentar e nutricional das famílias.
Em Moçambique, a preparação da terra iniciou em Agosto/Setembro nas regiões sul e centro e no mês de Outubro no Norte. Segundo os dados da monitoria agrária 2018, estima-se que cerca de 9.1 milhões de hectares foram lavrados de um total de 10,2 milhões de hectares planificados. (Jornal Notícias)
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