Os ensaios foram realizados sem adubação fosfatada nos distritos de Chókwé (Gaza), Sussundega (Manica), Angónia (Tete) e Gurué (Zambeze), que são zonas agro-ecológicas de maior produção de feijão-vulgar.
As variedades, provisoriamente denominadas AP 82,AP 89 E LPA 31, destacam-se por serem tolerantes á baixa fertilidade dos solos, chegando a produzir três vezes mais em relação ás actualmente cultivadas. Estas chegam a atingir até três toneladas por hectare com o uso de adubos e 1.4 tonelada por hectare sem o emprego de fertilizantes.
Os estudos realizados durante o processo de selecção das variedades indicam que a LPA 31 é a que possui maior aceitação para comercialização, enquanto as AP 82 e AP 89 servem tanto para venda como para consumo.
A partir da próxima campanha agrícola o IIAM irá produzir variedades de cada uma das espécies para alimentar a produção de semente certificada.
Os feijões pertencem ao grupo de culturas prioritárias no país, na medida que são produzidas maioritariamente pelo sector familiar, contribuindo para o aumento da renda e segurança alimentar.
A disponibilização destas variedades é o culminar de um trabalho de investigação conduzido por investigadores do programa Nacional de Leguminosas de Grão, do IIAM baseados no Chókwé e Sussundega.
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Publicado, JN, Segunda-Feira, 09 de Abril de 2018, pg.30
