Há cada vez mais famílias a produzir algodão

Cento e setenta mil famílias envolveram-se no cultivo do algodão na campanha agrícola 2016/2017, contra 227 mil registadas na presente safra, representando um aumento em 80 por cento da participação de agregados na produção do chamado “ouro branco”.
Na sequência registou-se um aumento substancial de empregos, tendo passado de 15 mil, na safra 2016/2017, para 18 mil em 2017/2018, entre mão-de-obra sazonal e permanente.
O facto foi dado a conhecer pelo Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, Higino Marrule, durante a reunião nacional de negociação do preço mínimo do algodão caroço referente à campanha 2017/2018, realizada na semana passada na cidade de Nampula.
Marrule afirmou que o algodão é um produto que pode impulsionar o desenvolvimento do país, uma plataforma para a melhoria das condições de vida dos moçambicanos e um factor de produção de excedentes agrários e de aumento da riqueza nacional.
Por isso, encorajou aos vários intervenientes presentes no evento a prosseguirem com as acções visando o incremento da capacidade de produção e produtividade, tendo em vista a garantia da geração de renda das famílias e a contribuição do sector para o Produto Interno Bruto (PIB).
Nessa perspectiva, o governante instou o subsector do algodão a promover investimentos para a instalação de indústrias de produção de óleo alimentar a partir do caroço do algodão, produção de fibra hospitalar, reduzindo as importações e criando mais incentivos para o processamento artesanal daquela cultura.
Referiu-se, contudo, ao desafio de se adicionar valor à cadeia, até à produção de tecidos, porque, segundo suas palavras, o país dispõe de condições favoráveis.
Explicou que no âmbito dos esforços para a operacionalização do processamento artesanal da fibra do algodão decorrem acções para viabilizar o estabelecimento de uma unidade de treinamento, no distrito de Monapo, que vai beneficiar os produtores locais.
“Aqui está uma oportunidade para as empresas garantirem matéria-prima para alimentar o sector”, disse o ministro, acrescentando que no que diz respeito aos esforços para a introdução do sistema de classificação instrumental da fibra do algodão, o país conta com dois laboratórios operacionais nas províncias de Sofala e Nampula, estando na sua fase-piloto de testagem.

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