Publicado no jornal de notícias, dia 24 de Agosto de 2021
O INSTITUTO de Cereais de Moçambique (ICM) prevê a exportação de mais de 200 mil toneladas de feijão boer e holoco para a Índia, até final de Outubro próximo, uma transacção que vai gerar uma receita de cerca de seis biliões de meticais.
Segundo Mahomed Valá, director de ICM, a exportação de feijão boer e holoco à Índia está coberta por um acordo entre os governos moçambicano e indiano, através do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER).
O acordo, com duração de cinco anos, visa exportar 200 mil toneladas por ano. Mas para 2021, de acordo com Valá, a Índia ilimitou a quantidade, abrindo desta forma uma oportunidade para a alocação de quase toda a produção moçambicana de feijão em causa, até Outubro, altura em que começa a colheita naquele país asiático.
Valá explicou que a abertura de exportação sem limites de quantidade permite aos produtores nacionais venderem a sua produção a preço justo, o que vai valer uma renda satisfatória.
Destacou as províncias da Zambézia, Niassa, Tete, Nampula, Cabo Delegado e Sofala, como sendo as maiores produtoras de feijão boer e holoco, exportados via portos de Nacala e Beira.
Informou que a Índia é a maior importadora dos produtos moçambicanos em referência, por ser um país com maior parte da população vegetariana. Neste contexto, os consumidores vêm as leguminosas como sendo alimentos nutritivos.
A fonte apela a todos os produtores que ainda possuem feijão para procederem à sua venda a qualquer das 45 empresas devidamente autorizadas para a recolha e posteriormente exportação.