O Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA) garante ter investido em todo o país mais de 32 milhões de dólares norte-americanos na aquisição da primeira tranche de máquinas agrícolas e de outros equipamentos para a irrigação e pecuária, assim como a extracção do leite e processamento de produtos.
Falando à margem da Primeira Reunião Regional de Mecanização Agrária, que contou com a presença dos gestores dos Centros dos Serviços Agrários ao nível das províncias do Norte, incluindo a da Zambézia, Eusébio Maurício Tumuitikile, presidente do Conselho de Administração do FDA, ressalvou que este investimento no equipamento posto à disposição dos gestores privados e individuais, permitiu lavrar em todo o país perto de 24 mil hectares na primeira época do programa.
No encontro que teve lugar na vila do posto administrativo de Namialo, em Nampula, sob o lema “Promover a Mecanização Agrária para Alavancar a Agricultura Orientada ao Agronegócio”, o PCA do Fundo de Desenvolvimento Agrário, disse que o programa já assistiu pouco mais de dez mil produtores e que no país estão em funcionamento 96 centros de serviços, para além de 95 produtores particulares que estão a trabalhar com a maquinaria e equipamentos adquiridos.
“Podemos afirmar que a adesão das comunidades produtoras está a criar o hábito da mecanização, o que é de saudar, pois verifica-se uma demanda crescente em todas as províncias onde o programa está a ser implementado”, disse Eusébio Tumuitikile.
No país, o FDA alocou, desde a implementação do programa, 513 alfaias agrícolas. No entanto, reconhece haver alguns problemas na utilização de todos tipos de implementos, precisando, por isso, de fazer um trabalho árduo com os gestores deste tipo de maquinaria, com vista a se maximizar a sua aplicação.
O PCA do FDA reconheceu que outro aspecto que estrangula este programa tem a ver com a preparação atempada dos campos agrícolas, onde persiste o problema da destronca e que de certa forma condiciona a utilização disponível na sua plenitude.
Desde o ano de 2015, ano do início da implementação do programa foram estabelecidos 22 centros, dos quais 16 pertencem ao sector privado e seis públicos.
Foram, neste contexto, alocados 248 tractores e respectivas alfaias, sendo que 99 para centros privados, dez para o sector público e 139 para produtores singulares. Durante o período em alusão foram igualmente formados 13 gestores, cem operadores de máquinas e 15 extensionistas que garantem assistência técnica aos produtores singulares em todo o país.
Ao nível da região norte do país, o programa nacional de mecanização agrícola gerou cerca 518 postos de trabalho directo, dentre gestores, operadores de máquinas e assistentes administrativos. Na presente campanha, 2017/18 foram lavrados 23 mil hectares de terra arável, equivalente a 62 por cento do planificado, representado um crescimento na ordem de 40 por cento da anterior safra agrária, beneficiando a 12 mil produtores, contra 9 mil da campanha 2016/17. (Jornal Notícias)
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