Comunidades chamadas a apostar no agroprocessamento

A Delegada do Instituto Nacional de Gestão das Calamidades em Tete considera positiva a resposta das comunidades na assimilação de matérias de capacitação por parte dos produtores agrícolas, no que respeita ao uso e disseminação de técnicas elementares e caseiras de agro-processamento de produtos agrícolas, com destaque para as hortícolas.
Os eventos de capacitação, que decorreram em algumas regiões dos distritos assolados pela seca e estiagem cíclica na região sul e centro da província, permitiram as comunidades melhorarem a dieta alimentar no seio das famílias, para além de arrecadação de receitas para suprir as suas necessidades pontuais.
Segundo Joaquim Curipa, delegado do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades em Tete, o programa deu impulso ao aproveitamento integral das hortícolas que são produzidas ao longo da segunda época da campanha agrária e a acção tem objectivos fundamentais a redução da vulnerabilidade das famílias abrangidas pela seca.
“As hortícolas são facilmente perecíveis, após a colheita diferentemente dos cereais. Por isso, estamos a facilitar as comunidades as técnicas caseiras de baixo custo para o agro-processamento para permitir-lhes o aproveitamento e conservação dos produtos para um longo período” – disse Curipa.
Para as zonas secas, os governos locais, em coordenação com a Delegação do Instituto Nacional de Gestão das Calamidades, está a mobilizar as comunidades para o aproveitamento integral das zonas baixas, produzindo culturas como hortícolas de ciclo vegetativo curto.
A população, de acordo com o delegado do INGC em Tete, tem correspondido aos apelos dirigidos e para não se desperdiçar a produção foram formados comités que têm a responsabilidade de disseminação dos ensinamentos, particularmente de processamento e armazenagem dos produtos agrícolas para a sua melhor conservação.
Entretanto, os grupos associados na produção agrícola criados nos distritos de Mutarara, Changara e Cahora-Bassa, compostos por 19 elementos, receberam noções básicas sobre a agricultura de conservação em eventos organizados pelas entidades ligadas à Direcção de Agricultura e Segurança Alimentar em coordenação com o INGC.
Desde a sua implementação o ano passado, o programa está a registar impacto positivo no seio das comunidades abrangidas, onde hoje surgem nos mercados locais produtos processados devidamente como consequência dos ensinamentos.(Jornal Notícias)

Artigos relacionados