Comerciantes rurais a nível de cada distrito do Niassa, norte de Moçambique, vão beneficiar de financiamento das autoridades governamentais locais, com vista ao seu fortalecimento para intervir e dinamizar a comercialização dos excedentes agrícolas e construção de infra-estruturas de armazenamento, avança a AIM.
Os referidos fundos a serem canalizados nos 16 distritos, que compõem a província do Niassa, são o resultado dos reembolsos por parte dos mutuários do Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), vulgo sete milhões.
De acordo com Arlindo Chilundo, governador do Niassa, o estímulo aos comerciantes rurais é uma urgência na província, porquanto a rede rural de comercialização é, neste momento, fraca ou quase inexistente.
Acredita-se que a utilização de fundos do FDD para a dinamização da comercialização agrícola pode incentivar os produtores a engajarem-se ainda mais na campanha agrícola em curso, visando o aumento dos volumes de colheitas.
Segundo Chilundo, a escassez de infra-estruturas de armazenamento dos excedentes agrícolas a nível das localidades, postos administrativos e sedes distritais tem contribuído para o fraco ritmo da comercialização no Niassa.
É neste contexto que para além de financiar o processo de comercialização, foi decidido que os distritos devem seleccionar comerciantes rurais com capacidade de organização para a construção de infra-estruturas de armazenamento.
A capacidade de aprovisionamento de excedentes agrícolas da província do Niassa é de cerca de 18 mil toneladas distribuídas por armazéns de entidades públicas e privadas.
Sem adiantar mais pormenores sobre o seu optimismo, o governante sublinhou que o ICM tem capacidade financeira para adquirir os excedentes dos produtores, mas os critérios que vão ditar a sua intervenção ainda carecem de esclarecimentos.
In Jornal “O País”