Na hora de balanço Presidente da República destacou produção e comercialização agrícola

Na informação anual, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, destacou a produção e comercialização agrícula como garantia da segurança alimentar e nutricional. Na ocasião o chefe do estado fez referência a três áreas do sector agrário, nomeadamente:

Agricultura

O sector agrário tem na agricultura uma das principais fontes de renda no nosso País e a base da segurança alimentar e nutricional para a maioria da população. Este sector integra os subsectores da pecuária e agricultura, empregando 72% da população economicamente activa. Durante o corrente ano, produzimos 707 mil toneladas de leguminosas, com realce para os feijões; 12,7 milhões de toneladas de raízes e tubérculos, com destaque para a mandioca com 10.9 milhões de toneladas, 132 mil toneladas de oleaginosas, com destaque para gergelim com 78 mil toneladas e 2,6 milhões de toneladas de hortícolas. Adoptámos políticas de incentivos à produção, incrementando a produção de semente básica nas leguminosas e nas oleaginosas. Assegurámos a assistência aos produtores através dos serviços de extensão, em matérias de boas práticas agrícolas tendo beneficiado cerca de 690 mil produtores. Centrámos a nossa actuação no aumento da produção e produtividade agrária, através do fomento e promoção da comercialização de culturas estratégicas, tradicionais e emergentes. Com a participação do sector privado, assegurámos a disponibilização de semente de qualidade das principais culturas alimentares, nomeadamente, 527 toneladas de milho, 298 toneladas de feijões, 93 toneladas de amendoim e 50 toneladas de arroz, tendo beneficiado 26 associações de produtores e 18 mil produtores. No que diz respeito ao melhoramento genético, distribuímos mais 1.8 milhões de mudas de cajueiro que beneficiaram 27 mil agregados familiares. Como resultado dos investimentos realizados no sector, a produção agrícola de cereais registou uma cifra de 3 milhões de toneladas, tendo o milho se destacado com 2.3 Milhões de toneladas, valores que superam a produção do ano anterior em 26 porcento e 30,8 porcento, respectivamente.

Pecuária

No subsector da pecuária, registou-se uma produção de cerca de 63 mil toneladas de carne de frango, 9,5 milhões de dúzias de ovos, 11 mil toneladas de carne bovina e 1,8 milhões de litros de leite, quantidade que consideramos como arranque aceitável. Tudo indica que estes indicadores irão brevemente crescer de forma exponencial. Notamos com satisfação o incremento, em grande escala, da produção avícola nacional, o que contribuirá para a redução significativa das importações do frango congelado. Procedemos à inseminação artificial de 1.825 vacas de corte; produzimos 12.109 doses de vacinas contra Newcastle; 1.796 doses de vacinas contra o Carbúnculo Hemático e 500 doses de vacinas, contra Carbúnculo Sintomático.

Segurança Alimentar e Nutricional

A alimentação condigna constitui um direito humano básico e não um privilégio para alguns moçambicanos. É com muita satisfação que constatámos que a nossa população também assumiu o desafio do aumento da produção e da produtividade, o que pode ser testemunhado pelos resultados que alcançámos na Campanha Agrícola 2016/2017. Contudo, não é ainda completamente satisfatória a avaliação dos níveis de segurança alimentar e nutricional nas Províncias de Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Tete, Sofala, Manica, Inhambane e Gaza. Os dados revelam que ainda temos cerca de 30 mil crianças que enfrentam formas de desnutrição aguda. Os mesmos dados revelam que mais de 51 mil pessoas, nas Províncias de Sofala e Gaza, carecem de assistência alimentar. As Províncias de Nampula, Cabo Delgado e Zambézia são as que apresentam os níveis mais altos de Desnutrição Crónica. Por forma a reverter este cenário, reforçámos as actividades de educação nutricional e promovemos bons hábitos alimentares através de programas educativos e demonstrações culinárias nas comunidades, com base em alimentos localmente disponíveis. Prosseguimos com o Programa de Fortificação de Alimentos, que já abrange a farinha de milho, a farinha de trigo, o óleo alimentar, e que, a partir deste ano, se estende para o açúcar de produção nacional.

Em resultado desta acção, foram beneficiadas:

  • 1.8 milhões de pessoas, no consumo de farinha de milho fortificada;
  • 14 milhões de pessoas, no consumo de farinha de trigo;
  • 11,5 milhões de pessoas, no consumo de óleo alimentar;
  • 11 milhões de pessoas, no consumo de açúcar fortificado.

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