Insumos agrícolas compostos por motobombas com capacidade para irrigar 26 hectares, enxadas, catanas e gado bovino foram entregues ontem à Associação dos Camponeses do Bloco 4 de Pateque Honwana, no distrito de Manhiça, no âmbito de um programa de apoio à agricultura do sector familiar.
Os associados receberam ainda adubos, herbicidas e pesticidas, entre outros instrumentos avaliados em cerca de 10 mil dólares, financiados pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) e pela Exxon Mobil.
Cidália Chaúque, Ministra do Género, Criança e Acção Social, disse, na cerimónia de entrega daqueles meios, que a iniciativa visa, essencialmente, promover a agricultura do sector familiar, para que possa melhorar a produção agrícola nas próximas campanhas e combater a fome.
A governante apelou ao governo distrital e aos beneficiários para que usem devidamente os meios, como contributo no processo de desenvolvimento e empoderamento da mulher.
A associação é composta por cerca de 70 mulheres, entre mães solteiras e viúvas, que desenvolvem as suas actividades numa área de cerca de 26 hectares.
Entretanto, a administradora do distrito da Manhiça, Cristina de Jesus, revelou que a ideia resulta do acordo entre a Associação de Desenvolvimento de Povo para Povo e a ENH, parceiros envolvidos, desde 2013, na educação, onde financiam o lanche escolar e agricultura com o projecto de energias renováveis.
“Renovo o apelo do governo de Moçambique, a todo o povo, em particular à população da Manhiça, para o aumento da produção e produtividade. Com a entrega deste “kit” agrícola, o aumento da produção e produtividade vira uma realidade para a Associação dos Camponeses do Bloco 4 de Pateque”, sublinhou.
Os agricultores manifestaram a sua satisfação por terem recebido o material pois, segundo eles, irão conseguir fazer face aos desafios que a mulher agricultora enfrenta, desde os problemas climáticos, às pragas que atingem as culturas e as dificuldades de conciliar a agricultura com as responsabilidades do lar.
Alice Matsolo, disse, em representação da associação, que nos últimos dois anos não tem havido muito sucesso nas suas áreas do cultivo por causa da praga da lagarta de funil e do gafanhoto elegante que assolam a maior parte das culturas.
Indicou que a expectativa dos agricultores é que com a ajuda recebida possam melhorar o processo produtivo e obter bons rendimentos.(Jornal Notícias)
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