Publicado no Jornal O País, dia 07 de Janeiro de 2021
Um dos maiores investidores estrangeiros no país, a Índia, acaba de renovar um acordo com o Executivo moçambicano para continuar a importar feijão bóer produzido em território nacional. Serão 200 mil toneladas que Moçambique poderá exportar em cinco anos.
Moçambique e Índia renovaram o acordo entre de exportação de feijão bóer. Trata-se de um entendimento ao qual os dois países chegaram a cerca de quatro anos e que agora abriu espaço para a exportação de 200 mil toneladas, nos próximos cinco anos.
A informação foi avançada ontem pelo Alto-Comissário da Índia em Moçambique, Rajeev Kumar, depois de audiência concedida pelo Presidente da República, em que Kumar despediu-se de Filipe Nyusi, após um ano e meio de exercício de trabalho diplomático em território nacional. “Como vocês sabem, o nosso Primeiro-ministro visitou Moçambique em Junho de 2016 e nós assinamos um acordo ou memorando de entendimento para importar feijão bóer de Moçambique. Eu fico muito feliz de informar que nós vamos prorrogar este entendimento por mais cinco anos”, disse o representante do Governo da Índia, detalhando que “nós mandamos uma proposta para o Governo de Moçambique, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC) e recebemos aceitação do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), dando conta que eles vão exportar 200 mil toneladas nos próximos cinco anos”, assegurou.
Dados do Instituto Nacional de Cereais (ICM) indicam que a Índia é o principal comprador do feijão bóer do nosso país, tendo, no período 2012 e 2014, sido exportadas para aquele mercado cerca de 146 mil toneladas, que renderam aproximadamente 86 milhões de dólares americanos. Em Moçambique pouco mais de um milhão de famílias estão envolvidas na produção desta cultura, que nos últimos anos tem sido considerada de rendimento em franca expansão. O norte é a região de maior produção, sendo Zambézia a maior produtora a nível nacional, cobrindo mais de 50 por cento da produção nacional. Seguem Nampula e Niassa.
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