O evento híbrido, sediado na capital do país, Maputo, decorreu sob o lema “Gases de Efeito de Estufa em Bovinos usando o “Tier2” em Moçambique” e contou, para além de técnicos moçambicanos, com a presença de participantes oriundos de países da região, nomeadamente, Botswana, Lesotho e o Reino de Eswatini.
Entre outros, o Workshop juntou, de Moçambique, técnicos do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural e do Instituto de Investigação Agrária, com o objectivo de apresentar as características produtivas e os indicadores de desempenho usados para o inventário de gases com efeito de estufa, que em Moçambique são considerados 2 sistemas de produção, nomeadamente, Sistema de Produção de Bovinos de Corte Familiar ou de Subsistência e Sistema de Produção de Bovinos de Corte Comercial.
Para Moçambique, o inventário de gases de efeito de estufa em bovinos foi feito de 1990 a 2021 e a fonte de dados para a população bovina de Moçambique foi o Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural através da Direcção Nacional de Desenvolvimento Pecuário (DNDP).
O embarque de Moçambique para a metodologia “Tier 2”, no cálculo de factores de emissão de CH4 específicos foi positivo, uma vez que vai contribuir de forma técnico-científica na estimação das emissões de metano e óxido nitroso resultante de ruminantes e para a melhoria de definição de medidas específicas para pecuária conducente a mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Este inventário permite observar a insuficiência de dados para caracterizar os sistemas de produção de bovinos de Moçambique: Características reprodutivas e produtivas dos bovinos por sistema de produção, indicadores de desempenho e dados de digestibilidade de alimentos, incluindo as dietas usadas nas explorações intensivas.
Assim, as instituições de ensino de produção animal e o IIAM – DCA, são chamadas a desenhar estudos conducentes a caracterizar os sistemas de produção de bovinos, incluindo os indicadores de desempenho e de digestibilidade de alimentos.
