TENDO em vista a exploração integral do potencial do regadio do Chókwè, a Hidráulica do Chókwè – HICEP, entidade responsável pela gestão daquele empreendimento, está a trabalhar, de forma a interessar novos investidores privados nacionais e estrangeiros a contribuírem com o seu saber e poder económico-financeiro, na transferência de tecnologias de produção, nivelamento de terras, instalação de parques de máquinas, entre outras iniciativas de vulto.
Informações facultadas à nossa Reportagem por Soares Xerinda, presidente do Conselho de Administração da HICEP, a “joint-venture” entre a chinesa Power China e Bing Tuan pretende reabilitar na presente temporada agrícola 3 mil hectares e trabalhar no sentido de modernizar o sistema de rega, numa área de 1500 hectares, visando uma maior eficiência e obtenção de alto rendimento, particularmente nas culturas de milho e feijões.
Conforme apurámos, a parceria deste grupo de investidores será extensiva à prestação de serviços mecanizados, transferência de tecnologias e capacitação institucional à HICEP.
Para o efeito, refere Soares Xerinda, foi já elaborado o respectivo projecto e posteriormente submetido ao Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar, em Maio do ano passado, estando em processo de tramitação para a sua posterior aprovação.
Por seu turno, e com o mesmo intuito, a Green 2000, com capitais mistos, vai nivelar terras, participar na produção de sementes e na piscicultura.
Por sua vez, a Agrotech, outro importante interveniente, chamado a participar nas acções visando tornar o regadio mais rentável, vai apostar na assistência técnica, facilidade de financiamento aos agricultores, bem como na produção de milho para rações. A nossa fonte acrescentou que a referida empresa irá contribuir igualmente na instalação de um parque de máquinas e na produção piscícola.
Sabe-se que os produtores do regadio do Chókwè no ano passado alcançaram mais de 100 mil toneladas de culturas diversas, numa altura em que a temporada anterior foi caracterizada por uma seca severa, agravada pela escassez de água para a irrigação.
Todavia, o retorno do fornecimento normal de água criou um novo alento nos agricultores e outros actores ligados na cadeia de valor, facto que propiciou resultados agrícolas encorajadores.
Refira-se que no quadro da busca de alternativas para a criação de auto-suficiência financeira, os gestores da HICEP estão a trabalhar na produção própria em diversos campos do regadio, trabalhando culturas, como o milho, hortícolas e feijões.
Como resultado da recente aquisição de uma unidade de processamento de arroz, outrora pertencente à MIA, em parceria com o sector privado, acções de fomento daquela matéria-prima serão levadas a cabo ao longo deste ano.
Artigos relacionados
-
Castanha de caju: autoridades proíbem comercialização antes da época prevista
Ler mais: in Diário Económico Online 14.10.2024 Share this...... -
Alterações climáticas forçam mudança de foco na agricultura
Ler mais: in Jornal Noticias 14.10.2024 Share this... Whatsapp... -
Cabo Delgado: inaugurada primeira fábrica de processamento da castanha de caju
Ler mais: in Diário Económico Online 05.10.2024 Share this......