Moçambique prevê produzir 80 mil toneladas de algodão

A PRODUÇÃO de algodão este ano poderá atingir cerca de 80 mil toneladas no país, contra 52 mil toneladas produzidas na campanha de 2017.
Estes números representam um crescimento de 35 por cento relativamente a 2017, graças a programas inovativos, aliados à melhoria do preço desta cultura no mercado internacional.
Segundo o Plano Económico e Social (PES) do Governo para este ano, das culturas emergentes, a soja poderá atingir um crescimento de 7 por cento, com uma perspectiva de produção de cerca de 46 mil toneladas e um aumento de procura, principalmente pela indústria avícola, com maior incidência nas províncias do Niassa, Nampula, Zambézia, Tete e Manica, enquanto a macadâmia vai registar cerca de 4 mil toneladas.
“As estimativas indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) do sector agrário irá crescer em 4,4 por cento, contra 4,6 por cento previstos para 2017, como resultado do investimento do Governo na produção agrária através dos centros de serviços agrários, efectiva operacionalização dos regadios, libertação de semente de qualidade e assistência crescente aos produtores”, frisa o documento a que o “Notícias” teve acesso.
Para a campanha agrícola 2017/18, estima-se uma produção de 3,3 milhões de toneladas de cereais, representando um crescimento de 11 por cento comparativamente à campanha 2016/17. Já a produção de leguminosas está estimada em 816 mil toneladas, indicando um crescimento de 15 por cento, enquanto as raízes e tubérculos têm como estimativa 14,2 milhões toneladas, o que representa um crescimento de 12 por cento.
Na produção de cereais, o destaque vai para 2,6 milhões de toneladas de milho e 443 mil toneladas de arroz.
“Estes níveis de produção serão garantidos pelo aumento de áreas de produção, o uso de tracção animal, mecanização, uso de sementes melhoradas, fertilizantes e pesticidas, em combinação com as boas práticas tecnológicas disseminadas pelo serviço de extensão”, realça a fonte.
Para a cultura do arroz, contribuirá positivamente o estabelecimento, no distrito de Búzi, província de Sofala, de uma linha de crédito que entrou em funcionamento na campanha 2015/16, e a produção nos regadios do Baixo Limpopo, em Xai-Xai, e Chókwè, na província de Gaza.
“Em relação às culturas da segunda época, estima-se que serão produzidas cerca de 320 mil toneladas de batata-reno, representando um crescimento de 9 por cento. O tomate terá 615 mil toneladas, um crescimento de 12 por cento, e a cebola 210 mil toneladas, representando um crescimento de 9 por cento. As outras hortícolas irão contribuir em 23 por cento, com cerca de 2.303 mil toneladas”, refere o Governo no PES 2018.
Nas culturas de rendimento, em especial a castanha de caju, o plano apresenta uma estimativa de produção de cerca de 150 mil toneladas, o que representa um crescimento de 9 por cento, como resultado da produção e distribuição de mudas de cajueiros, contribuindo significativamente para o aumento da produção.

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