Publicado na AIM, dia 01 de Março de 2021
O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, diz que os agricultores nacionais já entenderam a abordagem do Governo para o alcance da meta “Fome Zero” até 2030 e os moçambicanos devem acreditar na eliminação da importação de arroz.
O Chefe do Estado falava no último sábado, na província da Zambézia, após uma visita aos campos de produção de arroz, milho e hortícolas, no âmbito do Projecto Sustenta. Sublinhou que a irrigação deve ser a aposta dos produtores que pretendem produzir para o mercado.
Segundo Filipe Nyusi, o programa deve ser uma alavanca para dinamizar o sector agrícola no país e caso não se atinja resultados desejados, o certo é que os agricultores já entenderam a abordagem rumo ao alcance da meta “Fome Zero”.
“Nós temos que acreditar no Projecto Sustenta, embora saibamos que pode falhar, tal como aconteceu com outros projectos. A nossa preocupação é fazer com que não falhe. Para o efeito, é preciso acreditar no processo. Diversos produtores de arroz acreditam no Sustenta e estão a levar a sério”, disse.
Questionado se Moçambique está ou não em condições de acabar com a importação de arroz, Nyusi explicou ainda que está em curso a produção de arroz no distrito de Chókwè, em Gaza, e noutras regiões do país com arrozais.
O arroz é o segundo produto mais importado no país – 300 mil toneladas importadas num investimento que aproxima os 200 milhões de dólares – depois do trigo.
Para o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, que integrou a comitiva de visita à Zambézia, referiu que com o reforço da mecanização, o quinquênio pode ser histórico no que à produção de arroz diz respeito.
“Ainda neste quinquénio queremos declarar o fim da importação de arroz. Lançaremos na Zambézia, ainda este ano, o programa nacional de produção de arroz”, que será “principal força da transformação que pretendemos”.
“O indicador que vai determinar a dinâmica do sector é o crescimento que vamos registar este ano. Se Moçambique conseguir superar os 5% de crescimento, vamos atrair mais investimentos se sentir que há uma crença e nova dinâmica”, precisou Celso Correia.
(AIM)