Governo compromete-se em transformar Vale de Limpopo em primeira Zona Económica Especial Agrícola do país

O Governo pretende transformar 100 mil hectares do Vale de Limpopo na primeira Zona Económica Especial Agrícola do país. Para tal, o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural comprometeu-se em investir na próxima campanha agrícola 600 milhões de Meticais para financiar o arranque do plano de reestruturação.
Com a iniciativa, o Governo diz pretender acordar o “monstro adormecido”- Vale do Limpopo, que já foi uma referência de produção de hortícolas e arroz.
“Estas duas medidas que irão marcar o início de uma nova era para o Vale do Limpopo tem como princípio de fundo a atracção de investimento privado que deve respeitar em primeiro lugar a integração das famílias nas cadeias de valor produtivas”, referiu o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia que falava em Xai-Xai, província de Gaza, na reunião de lançamento do Plano Estratégico de Desenvolvimento dos regadios do Baixo Limpopo.
Na ocasião, parte dos cerca de 22 mil agricultores que operam naqueles regadios apresentaram as suas preocupações.
Os produtores familiares de arroz e hortícolas de Chidenguele, por exemplo, queixaram-se da falta de financiamento para alavancar a produção. Entre as principais dificuldades enfrentadas por eles, consta a falta de máquinas para trabalhar a terra, restrições no acesso à água principalmente na época quente para irrigar os campos de produção e a falta de voz na fixação dos preços no mercado. Os agricultores produzem e quem marca os preços são os compradores.
A falta de água deriva da incapacidade para a manutenção das valas que escoam a água para os campos de produção. Celso Correia tem o conhecimento do problema e fez saber que dos 33 mil hectares da área infraestruturada do regadio de Chókwè, somente estão em exploração apenas 14 mil hectares, equivalentes a 41 por cento. Já o Regadio do Limpopo, com potencial de 70 mil hectares, dos quais 17 mil infraestruturado, mas apenas 7600 hectares em exploração, equivalente a 44 por cento…(O PAÍS).

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