A decisão foi tomada ontem, dia 12 de Outubro corrente, em Maputo, na I sessão de Comité de Amêndoas orientada por Sua Excelência, Olegário dos Anjos Banze, Vice -Ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
Nesta sessão, foi fixado o preço de referência em 37 meticais por quilograma para a comercialização da castanha de caju em bruto, a ser observado na presente campanha de comercialização 2022/2023. Na campanha passada o preço de referência tinha sido fixado em 43 meticais contra os 37 meticais consensualizados para a presente campanha, cenário que indica uma queda no preço.
Na ocasião, o Vice -Ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural explicou que o preço não é fixo, é fixado de acordo com as dinâmicas do mercado internacional principalmente dos grandes produtores e processadores. Revelou ainda que o novo preço resultou em parte de vários encontros havidos entre os actores da cadeia de valor da castanha de caju, nomeadamente os produtores, comerciantes locais, processadores e exportadores, como prevê o regulamento para o Fomento, Produção, Comercialização, Processamento e Exportação desta cultura.
Num outro momento, o dirigente deixou saber que o preço consensualizado para a compra da castanha de caju ao produtor traduz a vontade expressa do Governo em assegurar que todos os actores da cadeia do caju sejam equitativamente remunerados. Reconheceu que o preço não satisfaz os custos de produção, mas garantiu que é o preço a ser praticado de modo a valorizar os esforços dos produtores e a assegurar a sustentabilidade da indústria nacional.
Importa referir que, o preço ficou validado entre os membros do Comité de Amêndoas e que assim que a conjuntura económica internacional mudar em termos da dinâmica o comité voltará a reunir para a redefinição do preço.
Participaram da I Sessão, membros do Conselho Técnico do IAM, Produtores, Comerciantes, Industriais, Exportadores, Ministérios da Indústria e Comércio, Finanças, Autoridade Tributaria, e outros intervenientes da cadeia de valor da castanha do caju.