Governo de Moçambique, através do Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas (MAAP), acolhe desde esta terça- feira, 07, na Cidade de Maputo, o Workshop Regional sobre o Roteiro para a Erradicação da Peste dos Pequenos Ruminantes (PPR), um encontro que reúne representantes dos países da SADC e parceiros internacionais, com o objectivo de reforçar a cooperação na luta contra esta doença transfronteiriça.
Na abertura do evento, o Secretário de Estado do Mar e Pescas, Momade Juízo, afirmou que a erradicação da PPR representa um marco fundamental para o futuro da produção pecuária, a segurança alimentar e o desenvolvimento sócio-económico da região, sublinhando que nenhum país poderá vencer sozinho esta batalha.
Segundo o governante, estima-se que a região da SADC conte com mais de 50 milhões de pequenos ruminantes, que constituem uma importante fonte de rendimento e segurança alimentar, especialmente para mulheres e jovens. “Uma única epidemia pode dizimar rebanhos em pouco tempo, provocar perda de resiliência das comunidades e reduzir o comércio regional e internacional”. Alguns países da SADC já enfrentaram surtos confirmados, enquanto outros permanecem livres (caso de Moçambique). Mas, enquanto a doença circular em qualquer parte da região, nenhum de nós estará totalmente seguro”, alertou.
O dirigente recordou que a SADC adoptou a Estratégia Global de Erradicação da PPR até 2030, alinhada às metas da FAO e da OMSA, e reafirmou o compromisso de Moçambique em reforçar a vigilância epidemiológica, partilhar dados sanitários, fortalecer a capacidade laboratorial e harmonizar protocolos de movimentação animal entre os Estados-membros.
Para que a erradicação da PPR se torne uma realidade até 2030, Secretário de Estado do Mar e Pescas defendeu a necessidade de financiamento sustentável, formação contínua dos técnicos, infra-estruturas adequadas de quarentena, campanhas de sensibilização e compromisso político firme ao mais alto nível.
“O nosso país está pronto para caminhar junto com os restantes membros da SADC rumo a uma região livre da PPR até 2030. Erradicar esta doença não é apenas uma meta técnica, é um imperativo moral e económico”, concluiu. (X)