O Ministro Roberto Mito Albino participa, em representação do Governo moçambicano, de 01 a 02 de Outubro da Cimeira Mundial da Economia Verde. O dirigente fez parte da sessão de abertura e em duas mesas redondas de alto nível apresentando a visão do Governo sobre a Economia Verde e a sustentabilidade alimentar em Moçambique.
A edição de 2025 é organizada pela Organização Mundial da Economia Verde (WGEO), em colaboração com o Governo dos Emirados Árabes Unidos. A presidência da COP 30 fez igualmente parte do evento, onde destacou a importância do certame como um marco crucial para avançar a ambição da acção global.
Na Mesa Redonda de Alto Nível sobre a implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), o painel destacou abordagens inovadoras para responder aos desafios do desenvolvimento e partilhou soluções práticas baseadas em parcerias estratégicas.
A sessão contou com a participação de ministros e representantes governamentais, que sublinharam a importância de uma compreensão regional dos obstáculos comuns e das diferentes abordagens para a implementação das NDCs. Os intervenientes enfatizaram, igualmente, a necessidade de reforçar a colaboração regional e internacional, bem como de catalisar a cooperação tangível que promova soluções práticas para uma execução eficaz das NDCs.
O Ministro Roberto Albino na sua intervenção destacou os impactos das mudanças climáticas no país como um desafio que ocupa grande parte do tempo do Governo em acções de mitigação bem como de adaptação, dando como exemplo as cheias, ciclones e inundações que assolaram severamente o país nos últimos 3 anos.
“Estes fenómenos impactam negativamente na agenda de desenvolvimento sustentável do País, evidenciando a importância da resiliência climática como um pilar fundamental no desenvolvimento estratégico e para a integração das mudancas climáticas em todos os sectores de actividades”, defendeu.
O Governo de Moçambique, através do MAAP, está a desenhar a NDC 3.0 com a integração de mais sectores de actividades para melhorar abordagens dos assuntos sobre as alterações climáticas, onde se destaca o financiamento como um dos desafios para a implementação integrada dos compromissos. Neste caso, o sector privado, as comunidades locais e demais actores terão um papel determinante para o sucesso da NDC 3.0.
No painel Regional Showcase: Iniciativas Climáticas para África e Médio Oriente, o Painel discutiu desafios e abordagens inovadoras para os enfrentar com soluções práticas e que os Governos a nível central e local possam utilizar para ampliar as acções climáticas. Pretende-se igualmente facilitar um diálogo especializado sobre como as parcerias internacionais podem acelerar a implementação de soluções escaláveis para a segurança alimentar global, ao mesmo tempo que apoiam as cidades na progressão para caminhos de carbono neutro.
Neste derradeiro painel o Ministro Roberto Mito Albino enfatizou que a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente são a prioridade do Governo e a contribuiçao dos parceiros em projectos ou programas de desenvolvimento deve estar alinhada com as prioridades do Executivo.
“O sector privado está a ser engajado para contribuir de forma significativa na produção de alimentos no País. O Financiamento deve estar disponível ao sector privado e o sector produtivo no campo numa abordagem que impulsiona a procura e não o contrário. Ao lado disto, as mudanças climáticas, a transferência de tecnologias aos produtores e o acesso ao mercado, constituem os principais desafios do sector para a garantia de segurança alimentar”, enfatizou o dirigente.