O governo moçambicano está decidido a apostar nas iniciativas de conectividade ecológica, com vista a impulsionar a convivência entre a fauna bravia e as populações que vivem nos arredores das áreas de conservação.
Para o efeito, cerca de 14 milhões de Euros, mobilizados junto da Global Environment Facility e da União Europeia, serão investidos, por um período de cinco anos, na operacionalização de quatro potenciais corredores ecológicos, identificados pelo Plano Distrital de Uso de Terra de Mapai.
Trata-se das Conectividades entre o Parque Nacional do Limpopo e o Parque Nacional de Banhine; Parque Nacional de Banhine e Parque Nacional do Zinave; Parque Nacional de Banhine e Parque de Gonarezhou no Zimbabwe e a Conectividade entre o Parque Nacional do Limpopo e a Área Comunal de Sengwe no Zimbábwe.
O Secretário de Estado de Terra e Ambiente, Gustavo Dgedge, orientou, esta terça-feira, no Distrito de Mapai, na província de Gaza, a abertura do seminário sobre a conectividade ecológica, com o objectivo de planificar e definir um modelo de governação dos corredores.
O dirigente mencionou como parte dos desafios do sector de conservação a coexistência entre as comunidades locais e a vida selvagem, com o recrudescimento de casos de conflitos que, em algumas situações, geram acções de abate de animais por parte das comunidades locais sem observância de procedimentos recomendados.
Assim, o governante vincou a necessidade de encontrar um mecanismo seguro de planificação de acções de gestão das áreas de conservação e de busca de respostas adequadas às preocupações das comunidades locais, no âmbito da implementação dos programas do governo, em prol do desenvolvimento da economia local e criação do bem-estar para a população.