O Pavilhão do Sector da Agricultura, Ambiente e Pescas acolheu, esta Terça-feira, segundo dia da FACIM 2025, os primeiros seminários temáticos, que reuniram especialistas, investigadores e representantes do sector privado para debater as potencialidades e oportunidades de investimento na pecuária, agricultura e conservação.
As intervenções convergiram na necessidade de reforçar os investimentos, apostar na digitalização e promover reformas sustentáveis para dinamizar a produção e valorizar as cadeias de valor. Realçaram que o futuro da pecuária, agricultura e da conservação depende da mobilização de recursos, da promoção de práticas sustentáveis e do fortalecimento das parcerias estratégicas.
No primeiro painel, sobre a pecuária, destacou-se que o futuro do sector passa por maior aposta em tecnologias digitais e por parcerias público-privadas que garantam financiamento e inovação. Os oradores sublinharam a importância de aumentar a produção avícola e apícola, bem como de fortalecer a cadeia de valor das carnes vermelhas, de modo a tornar a pecuária um sector mais competitivo e capaz de responder às necessidades do mercado
Já no segundo painel, dedicado à agricultura, os oradores enfatizaram a urgência de transformar o sector com reformas estruturais que assegurem a regularidade no fornecimento de alimentos básicos como milho, arroz, soja e feijão. Foram ainda apontadas como áreas prioritárias de investimento o agro-processamento, a modernização das infra-estruturas de produção e a comercialização.
Os oradores realçaram igualmente o potencial do subsector das amêndoas e a importância de estratégias para mitigar os impactos das alterações climáticas, nomeadamente secas e inundações.
O terceiro painel debruçou-se sobre a conservação, destacando o seu papel como motor de desenvolvimento sustentável e de promoção do turismo. Os administradores dos Parques Nacionais de Chimanimani e de Bazaruto apresentaram exemplos de iniciativas em que a conservação da biodiversidade se alia ao envolvimento comunitário e à criação de oportunidades económicas, através do turismo ecológico e da valorização cultural.
