MAAP DEFENDE REFORÇO DO CONTROLO SANITÁRIO PARA EVITAR MORTES POR RAIVA

O Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas (MAAP) defende o reforço do controlo sanitário de animais domésticos, através do registo, rastreamento e vacinação regular, particularmente de cães como forma de prevenir a raiva — uma doença transmissível e fatal quando as vítimas não recebem tratamento imediato após a mordedura.

O repto foi lançado pela Directora Nacional de Sanidade e Biossegurança, Antónia Vaz, que falava esta segunda-feira, 29 de Setembro, no Município da Matola, no âmbito das celebrações do Dia Mundial de Luta Contra a Raiva, assinalado no último domingo, 28, sob o lema: “Aja agora: Você, Eu, Comunidade”.

Em Moçambique, a efeméride constitui uma oportunidade para reforçar a sensibilização comunitária sobre a importância da vacinação dos animais “amigos do Homem”, promover a vigilância epidemiológica e garantir o acesso à profilaxia pré-exposição, prevenindo a transmissão do vírus da raiva e evitando mortes humanas.

Dados oficiais indicam que, de 2023 para 2024, os casos de mordedura reduziram de 22.184 para 19.979, enquanto os óbitos por raiva diminuíram de 35 para 31. Até ao primeiro semestre de 2025, foram registadas 9.133 mordeduras e 14 mortes.

Apesar da tendência de redução, a raiva continua a representar uma grave ameaça à saúde pública, sobretudo para crianças com menos de 15 anos. Por isso, o Governo de Moçambique reitera o seu compromisso de intensificar as medidas preventivas, em coordenação com parceiros nacionais e internacionais, contribuindo para a meta global de erradicação da raiva até 2030.

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