O Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas (MAAP) reforça a preparação da Campanha Agrária 2025/26 com o envio de brigadas centrais às províncias a partir da próxima segunda-feira, 08 de Setembro. A decisão foi tomada esta sexta-feira, durante a 6ª Sessão Ordinária do Conselho Consultivo Alargado, realizada em Maputo, que reuniu titulares de instituições tuteladas, directores provinciais da Agricultura e Pescas e responsáveis dos Serviços Provinciais das Actividades Económicas.
A iniciativa marca o arranque de uma acção conjunta que pretende transformar a planificação em resultados concretos no terreno. As brigadas, que integram técnicos centrais e quadros seniores locais, irão percorrer distritos estratégicos, mantendo encontros directos com produtores, agregadores, processadores, comerciantes, jovens e mulheres. O objectivo é claro: avaliar de perto as condições reais de produção e produtividade, socializar as linhas mestras da campanha e clarificar o papel de cada interveniente no processo produtivo, desde o Estado até ao sector privado.
Mais do que visitas, trata-se de um exercício de diagnóstico estratégico. No terreno, as equipas irão identificar factores críticos que possam comprometer a campanha, mas também oportunidades capazes de acelerar a produção de alimentos essenciais. Entre os produtos a merecer maior atenção estão o arroz, o milho, os feijões, a soja e as hortícolas, nas cadeias agroalimentares; o frango e os ovos, no subsector pecuário; e o pescado, como prioridade para as pescas.
Para além da análise das culturas e cadeias produtivas, as brigadas irão mapear recursos disponíveis, avaliar a capacidade técnica dos recursos humanos e verificar os factores de produção em cada distrito. Este levantamento permitirá definir indicadores concretos, mensuráveis e realistas, capazes de orientar decisões e mobilizar esforços para o sucesso da campanha.
O lançamento da Campanha Agrária, que ocorre anualmente no início da época chuvosa, reafirma a determinação do governo em avançar para a soberania alimentar. Mais do que garantir produção, a meta é alcançar resultados tangíveis, competitivos e alinhados às necessidades locais, consolidando o sector agrário como base para o desenvolvimento sustentável do país.